O município de Ourolândia,
localizado no sertão baiano vem se destacando no cenário nacional ao longo dos
anos pela força do mármore Bege Bahia, rocha ornamental típica desta região.
Diante do cenário de extração
mineral, sobre tudo deste seguimento que retira do solo grande quantidade de
blocos que chegam a pesar 26 toneladas, é muito comum visualizar ausência de
vegetação e principalmente árvores nativas, criando grande impacto visual em
torno das jazidas.
Procurando compensar este passivo
ambiental e cumprir exigências estabelecidas por lei, a empresa de extração
mineral Mármore Pereira Dias, de propriedade do empresário Roberto
Amorim vem realizando um trabalho educativo, com a criação de um viveiro de
mudas, hoje com 600 unidades, mas que pretende chegar a 6 mil, nos próximos
meses. Dentre as espécies plantadas estão: Caneleira, Angico de Caroço, Sanção
do Campo, Angico e Umburana de Cambão.
Segundo Éder Castro Alves,
responsável pelo viveiro, essa ação deve ser ampliada por demais empresas do
setor de extração e beneficiamento mineral, pois é a única saída de equilibrar
o ecossistema, diminuindo os impactos ambientais que de alguma forma acabam
retornando a população local.
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Éder, mostra mudas do projeto |
Neste sentido a Educação
Ambiental, torna-se estratégica para revisão do comportamento humano, e para a
recriação de valores capazes de provocar mudanças necessárias à reversão do
desequilíbrio ambiental.
“Portanto, a Educação Ambiental
frente ao problema da degradação ecológica, revela a importância da formação
para a ética. Põe-se em pauta a urgência de propor novas formas de ver o mundo,
de se relacionar com ele e de instituir novos significados para o ambiente que
vivemos, o que implica questionar a falsa racionalidade que impede o homem de
estabelecer uma relação mais harmoniosa com a natureza, lembra Antonio Carlos
Alves, especialista em Prevenção e Controle de Riscos.
De acordo com Carvalho, 2004; A
Educação Ambiental surge de preocupações da sociedade com o futuro da vida e da
existência humana. E para que se torne uma ação educativa mediadora entre a
esfera educacional e o campo ambiental, produzindo concepções, métodos e
experiências para a construção de valores e de conhecimentos capazes de
provocar mudanças no ambiente, realidade que já é vivida pela Pereira Dias. Fonte: Prevenção em Foco on Line