sábado, 13 de dezembro de 2014

Falta de cultura para a prevenção é principal causa de acidentes na Bahia

O número d acidentes de trabalho registrados na Bahia diminuiu de 26. 142, em 2010, para 23. 934, em 2012, isso representa um declínio de 8,4%, equilibrando-se com o cenário nacional que teve queda de 7,2%. Para especialistas este numero ainda é preocupante e a causa principal é a falta de prevenção que coloca em risco a saúde e a vida dos trabalhadores.

Existem atividades, como na indústria da construção civil, em que os índices acidentários sempre foram preocupantes e hoje vêm aumentando pelo próprio aumento das obras e da precarização das condições de trabalho, especialmente por conta da grande utilização da mão de obra terceirização. Há dados do Ministério do Trabalho afirmando que a maioria dos acidentes de trabalho acontece com trabalhadores terceirizados, o que não é difícil de entender, porque pequenos empreendedores não têm estrutura para cumprir corretamente as inúmeras normas legais sobre o assunto, embora os tomadores de serviço sejam responsáveis solidariamente por adequar as condições de trabalho para seus empregados e também para os terceirizados.

O Estado nunca fez uma campanha séria sobre prevenção de acidentes de trabalho, como lhe incumbe, na forma da lei. O Tribunal Superior do Trabalho - TST foi quem lançou em 2011 uma campanha denominada “Trabalho Seguro”, que vem correndo o Brasil e levando o debate entre juízes, outros órgãos públicos e particulares.

Infelizmente ainda existe uma distância muito grande entre os órgãos públicos e os particulares, empregados e empregadores, no campo da prevenção dos acidentes de trabalho, o que é uma pena, mas decorre de uma cultura arraigada nas cabeças dessas pessoas, que não se misturam.

Segundo Flávio Nunes, chefe do setor de fiscalização de saúde e segurança no trabalho, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, na construção, 70% dos acidentes fatais são por queda de altura, choque elétrico e soterramento. A maioria das empresas só pensa em cumprir regras quando se é fiscalizada. Revista Crea/BA